Uma típica história de amor entre uma Sereia e um Humano.





      Ela o levou para a margem. O sol começava a surgir. Estava deitada sobre o corpo despido e definido do rapaz. Não viu de onde ele veio apenas queria salvá-lo. 
   Sua calda balançava inquieta. não tinha muito tempo fora d`água. Seu coração gelado batia rápido de mais. A respiração dele, irregular, começava se estabilizar. Então abriu os olhos. Eram diferentes de tudo. Os olhos do rapaz eram de um azul claro tão claro quanto possível e haviam muitos respingos dourados quase tão surreal quanto ela mesma. 
     Ele viu a bela moça com guelras no pescoço. O cabelo negro ainda molhado caia sobre o seio nu. Por um breve momento ele esbouçou um sorriso, sua excitação era evidente. 
 Ela tocou os lábios dele que voltam ao vermelho  natural, eram tão macios. Se inclinou e beijou aquele pescoço que pulsava. Em seguida cravou seus dentes que eram tão afiados quanto um ouriço-do-mar. Ele não teve tempo de reagir o veneno penetrou em seu corpo o fazendo apodrecer até virar areia e desparecer no resto da praia, não antes dela arrancar aqueles olhos únicos. Não era todo dia que se achava um coisa tão preciosa. 
Fora mais uma paixão que ela se lembraria pelo resto deu sua eternidade. Se ao menos ele entendesse o que isso significava para ela. Pobre humano incapaz de compreender o singelo amor de uma sereia apaixonada. 

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