Resenha: Will & Will





         Eu comprei esse livro, esse mês se não me engano. Li de imediato. Ele foi escrito por dois autores John Green e David Levithan, sendo que eles alternam a narração entre um capitulo e outro, cada um é um Will, como assim? Calma eu explico. 
           A história gira em torno de dois Will Grayson. Eles não se conhecem nem moram na mesma cidade. O primeiro Will é hétero, bem na dele mesmo, é uma daquelas pessoas que abaixa a cabeça e sai andando diante de um problema ou de uma provocação seu único momento de agir foi quando escreveu uma carta para o diretor reivindicando os direitos para seu melhor e praticamente o único amigo, Tiny Cooper, um garoto extremante grande e gay. 
      Tiny é aquela pessoa com personalidade bem forte, se apaixona muito todos os dias, teve um zilhão de namorados,o lado ruim é que teve um zilhão de términos, ainda assim acredita no amor. Ele é bem o oposto do Will, achei até engraçado eles serem melhores amigos. Tinny está organizando um musical baseado em sua vida para apresentar em breve no colégio, ao seu lado temos mais alguns personagens, uma delas é Jane, que Will achava que era lésbica, mas depois descobre que não e por fim rola um clima entre os dois. 
       Jane é bem inteligente e tem um gosto musical bem profundo pro lado rock, ela conhece muitas bandas e é muito bonita por dentro e por fora. Ela fica afim do Will mas por ele ser muito fechado acaba fingindo que não corresponde ao amor dela. Vemos então esse relacionamento tomar forma de uma maneira divertida e cheia de diálogos complexos e diferentes, como os 10 mim de verdade, o que é dizer a verdade dura e do jeito certo sem se preocupar com a recepção da mensagem. Eles roubaram a cena na minha opinião.  
       No outro lado da história temos Will Grayson, ao qual vamos chamar de Grayson apenas para não confundir. Grayson mora com a mãe, toma remédios para depressão e de fato necessita eu senti a angustia dele durante a narração, o modo como ele interage com a mãe e com o resto do mundo. Ele tem apenas uma amiga, Maura que vive dando em cima dele, se insinuando para ter sexo, claro ele não quer corresponder por ser gay. O único momento de bem estar é quando fala com Isaac pela internet, eles mantem um relacionamento duradouro com mais de um ano sem nunca terem se visto pessoalmente. 
       Acontece que após uma decepção amorosa barra pesada Garyson conhece Will em frente à uma sex shop. Will apresenta ele a Tiny, que o consola e os dois acabam se gostando  e é nesse ponto que a história se conecta. Depois temos o desenrolar do namoro desses dois, nesse meio tempo Grayson assume ser gay para a sociedade, conversa com sua mãe e seus amigos na escola é então que aparece Gideon, um conhecido de Grayson que também é homossexual e os dois passam a conversar e se tornam mais próximos. Jane e Will passam por muito drama enquanto tentam lidar com os sentimentos. O livro ainda conta com uma linguagem simples e humorística em vários pontos.
         Eu vi muitas reclamações em cima desse livro, questionando o final. ´´ acabou sem mais nem menos´´, respeito as opiniões, mas eu penso o contrario dessa afirmação eu gostei da conclusão. Sim acabou no meio de uma cena, mas tudo estava amarrado já! não tinha mais o que concluir de fato. Eu gostei, ri muito no ônibus em quanto ia para a escola, as pessoas deveria ter notado, porém eu estava de fone logo... Enfim terminei de ler bem de madrugada e fiquei abraçado com ele até a música acabar. Porque teve a conclusão que desejei. 
          Um ponto negativo que eu tenho que citar foi a formatação durante os capítulos do Grayson, acho que o responsável foi David, ele não utilizou letras maiúsculas e isso me incomodou muito até me acostumar, além de não usar o travessão para indicar a fala e sim ( quem disse e dois pontos), fora isso eu gostei do livro.



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